Fazendo jus às minhas inclinações no ramo da Ciência, gosto de museus. Um museu é aquele lugar relativamente calmo, onde a gente aprende, principalmente, com coleções e com as coisas do passado. Não é um lugar, por exemplo, para grandes agitos. Não, muito pelo contrário. É para revivermos o que foi bom na história. Diferente, muito diferente, das correrias impostas por times de futebol.
Pois eu fiquei pensando e matutando cá com meus botões e alfarrábios: o Avaí tem inclinações para montar um museu. É a mais pura verdade. Pois se percebe que a calmaria típica destes ambientes, onde o estresse é mínimo, onde se consegue um pouco de paz, onde uma boa pantufa – aquele chinelinho afrescalhado – cai muito bem pros nossos lados.
Ora, vejamos. Nos últimos anos, contratamos peças raras de museu de dar inveja ao bom Louvre, de Paris, ou ao Smithsonian Institution, de Washington.
Minha memória já está ficando curta, é verdade, mas lembro que o Batista, aquele mesmo volantão da seleção de 1978, que jogou no Grêmio e no Internacional, e que faz comentários pra rede gaucha em Porto Alegre, o mesmo que andou desmaiando devido ao sol na cachola neste ano, pois em fins de carreira veio bater uma bolinha na Ressacada, chegando aqui em 1989 (graças à informação do Sandro). Aliás, acabou a carreira aqui.
Houve, também, a vinda do Arilson, em 2002-2003, naquele time do Adilson Batista e do Minelli. Veio como uma contratação majestosa, um craque na Ressacada, diziam. Arilson, pra quem não lembra, quando iria disputar um pré-olímpico pela seleção brasileira, fugiu da concentração e o técnico à época, o Lobo Zagalo, irritado com o sujeito, jurou que nunca mais o convocaria. Arilson ainda jogou por aqui, no Cidade Azul, de Tubarão, já com uma pantufinha pendurada na cintura.
Tivemos, ainda, o Jorginho, jogando em 2002. Este Jorginho foi um craque da Portuguesa, do Palmeiras e acabou jogando dias antes de se aposentar por aqui. Era outro que adorava umas sandalinhas. É o mesmo que no começo desse ano rejeitou uma proposta do Avaí para ser seu treinador e acabamos optando pelo Chamusca.
Pois agora, outra aquisição para o Instituto Avaí de Peças Antigas é o Sávio, tido como craque em todas as páginas pela Europa. E foi, mesmo. Foi! Agora ele dividi espaço com algumas ossadas de dinossauros espalhadas pelas prateleiras da Ressacada. Haja noite no museu!
Grande Alexandre, só uma correção, o Batista não foi campeão em 88, ele veio p/ o AVAÍ depois. Na verdade ele chegou no AVAÍ em 89 (http://minhavidavai.blogspot.com/2009/09/por-onde-anda-batista.html).
Saudações Azurras,
Sandro