O espetáculo sem povo, sem torcedor, é o que está se configurando neste ano nos Carianos. A preocupação de muitos verdadeiros avaianos é com a baixa frequência no outrora caldeirão da Ressacada.
Dizem, os historiadores, que quando da Independência do Brasil, nos idos de 1822, houve, isto sim, um revolta do governo português aqui instalado contra o governo de Portugal. O povo brasileiro, que se tornou independente, não participou do processo e nem sabia o que estava acontecendo. No movimento de Proclamação da República, em 1889, havia cavalos e tropas desfilando pelas ruas da Capital Federal e o povo assistiu a tudo atônito, com relativa surpresa, imaginando tratar-se de uma parada cívica. O povo não fora convidado para participar de um movimento que era feito para ele.
Neste ano de 2010, o ano que nem começou e já terminou para o povo avaiano, que era o ano para a nossa consagração e se torna, a cada rodada, num tormento, não se pode permitir que se faça de conta que há povo na Ressacada. Não, de maneira alguma.
Quem acompanha aos jogos naquele estádio percebe que há gente diferente ali. Não é a mesma coisa. Está triste e gelado aquele lugar.
O jogo deste domingo, contra os gaúchos, deve ser encarado como um divisor de águas na campanha deste ano do nosso time. E que a partir da próxima semana, para os próximos jogos, o povo avaiano volte a ocupar o espaço do qual foi enxotado. Para o bem da nossa história.
Que gente lúcida - ou tapada - pense nisso, pense na alegria que retirou do mais belo estádio de Santa Catarina.
Num mundo de futebol de resultado e comércio é importante encontrar uma fórmula de crescer sem impossibilitar o acesso para as grandes massas no ambiente esportivo.
Não tentaram impedir as vuvuzelas!
Perguntas importantes:
1) Para que serve o esporte?
2) Param quem serve o esporte?
Abs.