Não vou acompanhar o discurso terra-arrasada. Não, de forma alguma. Vou é manter a postura de quem, ao longo deste ano previa que as coisas no Sul da Ilha não seriam nada fáceis. Não após um ano espetacular que foi 2009. A tendência, obviamente, é grande, a de desmontar tudo. Mas é necessário analisar que durante o ano de 2010 sempre dizíamos que essa postura, tal disposição, esse direcionamento das coisas nos levaria ao limbo do campeonato brasileiro.
Qualquer um pode recuperar as manifestações dos torcedores do Avaí, os verdadeiros, aqueles que assistiram aos jogos encardidos da série B, aqueles que fizeram a corrente em 2007 pra não caírmos, os torcedores avaianos legítimos, os que agora estão sendo chamados para acompanhar e incentivar o time neste momento ruim, e ver que isto que agora acontece era imediato. E previsível. Não sei porque, mas isto já era imaginado.
Não há como se fugir do erro, quando se namora com ele. A propósito, neste ano o Avaí casou com o erro, com vários deles. Foram coisas elementares, bobas, imbecis, estúpidas, cujo resultado estamos assistindo. Aliás, há quem esteja vendo de camarote refrigerado tudo isso e se mantém impassível.
A pior coisa na vida de um cidadão é o não viver e guardar boas lembranças de sua vida. Viver é interagir, fazer-se presente, deixar marcas, ter legendas, acusar golpes e dar a volta por cima. Acima de tudo, ser referência.
Não queremos que a tragetória do Avaí na série A seja um amontoado de belas fotos e recordações. Há que se reverter o quadro. Mas é preciso ter coragem pra isso. E estou com a sensação de que isso foi embora da Ressacada.
Bom dia, Azurras - nº 5.288
Há 6 horas
Um time que joga todo aquele futebol que encantou na estréia de Lopes não desaprende de uma hora para outra, será que a imprensa e a diretoria não sacou ainda que os jogadores querem a cabeça do treinador.