Não sou um sujeito de guardar rancores. Pego pesado em certas coisas, mas logo em seguida lavo tudo com uma bela duma gelada. De preferência com um peixinho frito. Sou da paz.
Contudo, há coisas que a gente vê na vida que, se fôssemos levar tudo ao pé da letra, nossos fígados e nossos pâncreas estavam dissolvidos, de tanto ressentimento. E, como dizia minha avó, um dia no cravo, outro na pata.
Estamos todos abestalhados com o que houve na Ressacada neste domigo de bolinho de chuva. Não, não estou falando da goleada do time de ex-guerreiros com direito a torcidinha fantástica no Fantástico do Tadeu Schmit. Falo da presença da torcida. É, a torcida. Aquela que foi escorraçada. Essa que foi trocada por meia duzia de caminhões de areia. Pois a velha e conhecida torcida dos 4 mil avaianos fanáticos foi lá. E fez aquilo que está acostumada. Ou que nos acostumamos a ver. Torceu, continuamente, pelo Avaí.
Eu não ia por uma série de razões. Uma monte de galho de enchente foi encalhando e me impediria de ir. Mas fui. Resolvi de última hora. E acabei encontrando velhos conhecidos, gente que há muito tempo não via na Ressacada. Gente que não vaia o time. Gente que aplaude, grita, torce o tempo todo. Os velhos-novos avaianos de sempre, os verdadeiros.
E aí eu constato uma coisita simples e singela. Num ano em que estes torcedores foram escorraçados, bastou a coisa ficar podre, foi só a cebola feder, que alguém chamou por socorro. "Chamem lá aqueles que nunca abandonaram o Avaí. Aqueles da campanha de 2007 pra não caírmos. Os da campanha de 2008 do acesso, os que aparecem no vídeo. Pô, estes, sim, ajudam o time. Chamem eles de volta."
E eles voltaram. Os velhos e fiés torcedores avaianos, os que não vaiam, os verdadeiros, foram e ajudaram o time. Curioso é que vi um sujeito com uma câmera na mão, filmando tudo isso. Será que vai ter vídeo?
Bom dia, Azurras - nº 5.288
Há 9 horas
Sandro vem pra Floripa e o bicho vai pegar. Não se sabe se é no campo ou no bar. KKKKKK