A vitória é da torcida

O maior protagonista neste ano na entidade Avaí Futebol Clube foi a sua torcida. A torcida deste clube, do Leão da Ilha, mostrou que quem manda na Ressacada é ela. E mais ninguém.

Durante o ano foi esquecida e escorraçada. Alguns continuaram indo ao seu estádio, mas a motivação era pífia, rídícula. Uma partida de tênis era mais vibrante. E a sua maior paixão foi minguando, minguando, até chegar ao (quase) fundo do poço.

Aguma coisa tinha que ser feita. Não seria possível que aquela legião de fanáticos e apaixonados se mantivesse ausente de sua devoção. Não estava certo. As conspirações do Universo, que sempre davam um gás a mais ao Avaí, quando a fase ficava nebulosa, as mesmas que possibilitavam ao Avaí fazer coisas, não mais conseguiam ajudar ao clube mais querido de Santa Catarina.

Ao Avaí não faltava dinheiro. Não faltava incentivo. Decisões e decisões burocráticas vinham sendo tomadas e nada disso dava certo. Instalou-se uma comissão de entendidos de futebol daqui pra lá, de lá pra cá, e nada de o Avaí voltar a jogar futebol. Evidentemente que algumas cabeçadas contribuiram para baixar mais ainda a maré. Porém, a Ressacada ficava cada vez mais fria e vazia. E o time, então, foi caindo.

Foi preciso convocar o torcedor, esse ser bipolar apaixonado e abnegado. Foi preciso pedir socorro a ele, e ele compareceu. Em número suficiente para massacrar e sufocar o adversário. Tívessemos outro adversário na Ressacada nesta noite e ele perderia de qualquer jeito. Era a noite do Avaí. Era a noite do Leão. Era a noite da torcida mais fanática deste Estado.

Que sirva de lição para aqueles que a desprezaram. Nunca se cala um grande amor.