Mídia e Federação, pra que vos quero?

É de impressionar a forma como a mídia e as federações de futebol cariocas e paulistas trabalham a favor de seus clubes. É muito difícil se ver algum comentário ou ilação desfavoráveis ao time deles. Aliás, existe uma regra na própria Globo de nunca dizer que uma partida é uma pelada, que é jogo ruim.

A última vez que se viu um “desconforto”, para dizer algo mais ameno, entre clube e mídia, foi na relação do Eurico Miranda com a Globo. Ali houve um jogo brutal de interesses, com o então presidente do Vasco querendo mais um quinhão pelas transmissões envolvendo seu clube e a Globo oferecendo o “preço de mercado”.

Na Folha de São Paulo de hoje, dia 4, é veiculada uma nota comentado o afastamento dos ladrões que atuaram nas partidas entre Avaí e Corinthians e São Paulo e Cruzeiro, com uma afirmação falsa e burocrática. Eis a dita:

“O árbitro da partida entre Corinthians e Avaí, o alagoano Francisco Carlos Nascimento, também corre risco por conta do pênalti duvidoso que marcou para o Corinthians, em lance sobre Dentinho. E ainda expulsou dois jogadores do Avaí ao lhes dar dois cartões amarelos.

Seria risível se não fosse imbecil a matéria.

Da mesma forma, não se vê as federações destes lugares trabalhando contra, ou na sombra. São atuantes e incisivas, mexendo e remexendo os pauzinhos sempre que um perrengue puser seus times em maus lençóis. Claro, evidentemente, que não há controle de tudo. Afinal, o acesso às informações não permite mais picaretagens no futebol.

Há de se perguntar: e aqui? Como se dá a relação entre os nossos clubes e a mídia? E com a Federação?

Bom, quem assistiu à transmissão tanto pelo PFC, quanto pelo canal aberto pode constatar a desfaçatez e o ódio indisfarçável que tem pelo Avaí. A torcida agora é que caia de uma vez para não os incomodar mais.

E a Federação? Bom, é de se perguntar também: isso existe por aqui?

Obs.: Para aqueles que imaginam que estou transferindo responsabilidades, recomendo se alfabetizar primeiro.