Ficou decidido que Vagner Benazzi será o técnico do Leão para a temporada 2011. Ainda é muito cedo para se dizer que será uma boa medida ou uma escorregada. Prefiro, como já frisei antes, esperar os resultados. Qualquer coisa dita antes é precipitada e não condiz com o bom senso.
Particularmente falando, não é meu técnico preferido. E não é por uma questão de grife. A propósito, muito da grita da torcida é pela marca, pela grife, pela estampa. A camisa preferida de muita gente para o Avaí teria que ser da Nike e o técnico teria que ter atuado, pelo menos, num São Paulo. O motivo disso? Muita gente, que antes torcia para Flamengo, Vasco, Corinthians ou Palmeiras, ao se deparar com nossos clubes na série A, não aceita nossa pequenez. E vive sonhando alto. Mira a nossa capacidade à dos grandes times do Brasil.
Mas, o que queria dizer é que Benazzi não está para o bandido da hora. Longe disso. Porém, tem suas limitações, os times treinados por ele são uma explosão de voluntariedade e, ainda por cima, é boquirroto. Tem bocas sempre abertas nos cotovelos. Isso, às vezes, atrapalha. Ocorre que o Muricy Ramalho também não mede as palavras. “ah, mas o Muricy é o Muricy, né. Este tem grife. Este pode.”
Fala-se que o trato de Benazzi com todos é truculento, mas truculência é um troço muito bem difundido por aí, portanto, que ninguém reclame disso. Porém, há que se ressaltar, não é omisso. Sabe de seus problemas e tenta corrigir. Soube, inclusive, por informações de dentro da Ressacada, que ele já deu palpites até nas condições dos vestiários no estádio do Avaí.
Ficar à beira do gramado e viver berrando, ou se manter como uma lady sentadinho no banco de reservas não é qualidade de bom ou mau técnico. É apenas uma condição. O técnico com competência é aquele que treina um time e mexe positivamente no grupo de acordo com o desenrolar da partida. Alguém viu isso nos nove jogos no final do Brasileirão-2010? Não. Até porque não houve tempo.
A situação apresentada neste período foi atípica. Estávamos indo pra degola, a guilhotina estava a postos e não havia muito o que resolver num grupo desestabilizado e preguiçoso. Pode ser que agora, com mais calma, com objetivos mais bem delineados, possamos apreciar algum trabalho.
E se não der certo? Bom, demite-se e passa-se a régua. O futebol é dinâmico e não existem fórmulas mágicas, nem obras prontas. Em todos os times de futebol do mundo técnicos são contratados e demitidos como quem troca de roupa. Com o Avaí ia ser diferente? “Ah, mas o Avaí precisa se planejar.” Não o Avaí antes precisa crescer, em todos os sentidos. Mas não é pela contratação de um técnico que será melhor ou pior.
A vida segue.
Nota: é possível que alguém venha perguntar por que não faço coro com a maioria que não gostou da renovação com o Benazzi. Bom, como já disse por diversas vezes, sou empregado do Santa Luzia. Tanto faz, por isso, se minha opinião segue a manada ou se desgarra do bando. Queira ou não, sou um puxa-sacos, adulador do Zunino, como já me sentenciaram. Estou fadado a isso. Dizem que não tenho opinião própria e sou pago para fazer este blog, mesmo que eu diga, jurando de pés juntos, que não é nada disso. O que eu disser não tem valor algum e já está sacramentado. Portanto, vou continuar dando minha opiniãozinha chinfrim e filosófica até cansar, diferente aqui ou igual acolá. Quando cansar, vou morar no Taiti e beber água de côco. E a sede já está bem grande.
Tavas indo tão bem! A nota estragou o texto.
Abraço.