Após a demissão do anti-técnico Benazzi e as especulações para a contratação de Silas, surge no meio avaiano a manifestação cristã do perdão. E de ambas as partes. Talvez o desespero esteja por trás desse comportamento que permeia no futebol, o de não haver verdades absolutas e infinitas. A cada 24 horas uma nova verdade é estabelecida.
Claro que diferente de nós, ateus, que não precisamos de livrinhos milenares e nem de ameaças de arder no fogo eterno, caso o perdão seja negado, os cristãos necessitam desse aporte comportamental para se sentirem melhores. Mas, é da vida de qualquer humano, independente do tipo de manifestação filosófica que possua, rever seus conceitos e recomeçar de onde parou.
Nese quesito, o religioso, é sabido que os avaianos e Silas se completam. No lado de cá há as santas rezadas para nos defender e ajudar em horas difíceis. Houve quem quis decretar a santa como patrimônio do clube. Faz-se até caminhadas a santuários para agradecimentos diversos. E dele, Silas, se espera uma palavra de conforto quase messiânico para atletas que não são assim um poço de virtudes.
O fato, a verdade nisso tudo, é que houve uma ruptura, um hiato, de uma situação que começou muito bem lá em 2008 e nos levou aos píncaros da glória futebolística, a promoção de uma série para, no ano seguinte, sacramentar a campanha de um time vitorioso. Porém, no meio do caminho havia a necessidade de negócios, a mola que equilibra o futebol, e aquele casamento se rompeu. Houve um desmanche: técnico para um lado e jogadores para outro.
Era do futebol, dizia-se, e técnico brigou com torcida que brigou com jogadores, que brigou com técnico e todos foram para seus lados.
Agora, como num enredo épico, todos se abraçam e se revêem. Deve rolar uma lagrimazinha, um discurso emocionado, "a caminhada é árdua e temos que trabalhar". Se tudo isso valer um tri-campeonato, tenho um lenço aqui para os emotivos. Segue o baile!
Simplesmente AVAIANOS
Há 36 minutos
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