A saída do anti-técnico Benazzi e a repatriação do pastor-técnico Silas provocou um sentimento de camaradagem, bom-mocismo e irmandade vistos antes na Ressacada apenas nos momentos de glórias de dois anos atrás. O clima é de um convento de freiras carmelitas. A incitação ao perdão cristão provocou mudanças até nos mais ferrenhos críticos dos ditames dos Carianos. Jornalistas, torcedores e formadores de opiniões espalhados pelas redes sociais estão com a bandeira branca hasteada. A pax avaiana foi instalada. Paz e amor, bicho!
Embora eu seja um otimista por natureza e zuninista de carteirinha, tenho medo disso. Honestamente, isso me preocupa. Há coisas ainda não resolvidas, coisas estranhas, esquisitas, como a permanência daquele pessoal da Cidade Maravilhosa a fazer ninguém sabe o que para não se sabe aonde. Ainda temos uma categoria de base chinfrim, cujos resultados pífios não nos deram motivos de regozijo e alegria. A propósito, categorias de base, em qualquer clube de futebol, é uma poupança garantida, com perspectivas de futuro promissor. Por aqui...
Sabe-se, também, que um dos nossos maiores calos é o Departamento de Mar Quetingui, indistinto e desatuante. Mesmo que tenha sido por acaso, a semana esportiva na mídia da Capital foi apenas do Avaí. Não se ouvi ou leu mais nada de importante sobre coisa alguma que não fossem as coisas avaianas. E o que fez o nosso Mar Quetingui para angariar subsídios para isso? Nada!
E também temos um campeonato catarinense para ser ganhado. Ainda que só agora os verdadeiros trabalhos técnicos e táticos serão iniciados, estamos numa situação barricheliana muito feia. Perdemos muito tempo. E muito dinheiro. Por isso, o momento de agradinhos, chorinhos soluçantes e abraços efusivos acabou. Deu, né? É hora de trabalhar.
É meu caro ... Que bons ventos possam estar soprando lá pelas bandas da Ressacada!
Abraços e valeu pela força ...