Silas: "mais avaiano que eu só o Guga"

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Das pessoas que opinam pela blogosfera, que dizem alguma coisa por aí, eu sou um dos que mais rejeitava a volta de Silas pra Ressacada. Esta postagem (Silas nunca mais), de 5 de outubro de 2010, revela o quanto esta opção é verdadeira. Continuo a não aceitar Silas na Ressacada, do jeito que as coisas foram feitas.

Mas eu sou um romântico. Tenho veia comunista, revolucionária, meio rebelde e sou partidário de um mundo ideal. E o mundo ideal não existe. Ao menos ele se acabou entre a morte de John Lennon e a dos Mamonas Assassinas.

Silas revelou-se um bom técnico enquanto dirigiu aquele time do Avaí de 2008-2009. A fórmula mágica era a fusão da lealdade com a boa vontade de vencer. Isso é coisa rara no futebol. Criou-se um mundo mágico, um mundo com cheiro de coisa boa, de bolinho da vovó comido num Sábado à tarde de chuva. A fantasia havia aportado na Ressacada. Vivíamos momentos de pura euforia, de sensações plenas. O romantismo estava de volta. E todo aquele encantamento contagiou a todos. Diretores, torcedores, jogadores, todo mundo apostou nas maravilhas que vivíamos. Por isso deu certo.

Mas, num belo dia, como tudo de bom na vida acaba, até o chocolate suiço, aquela magia acabou e tornamos à realidade. À velha e boa realidade do futebol. A falta de escrúpulos, a vilania, os desmandos, as trapaças, precatórios, roubos e encenações. Tudo o que faz do futebol, este esporte alucinante, a coisa mais vista e apreciada no mundo. E o futebol é bom exatamente por isso, por ser este negócio sujo e mequetrefe. No futebol não existe bom-mocismo.

Vide Neymar, que quando faz um gol alardeia para as câmeras: "eu sou foda!" Pelé dava cotoveladas nos adversários na maior cara dura. Maradona era um aspirador de coca dos mais alucinados e jogava assim, doidão. Zico provocava zagueiros até tomar uma bela porrada, o que resultava em justos cartões vermelhos. Romario idem, Ronaldo, etc. Dizem que Garrincha passava a mão em partes pudendas de seus marcadores, só para eles serem expulsos. E assim segue o futebol, um esporte sem-vergonha que nos encanta.

Silas mostrou o que era o verdadeiro futebol para os avaianos, inocentes úteis na ascensão de sua carreira. Uma carreira que não decolou porque ele também era meio inocente. Silas voltou, agora bem mais avaiano. Espero que os avaianos se tornem bem mais Silas, pois essa união poderá mostrar, agora, a verdadeira face do futebol neste Sul do mundo.

4 comentários:

  1. Seja bem vindo Silas!!! SILAS ETERNO!!! abs amigo

  1. É, pelo menos vai dar pra vender os bonequinhos que ficaram encalhados. hehe. Abraços, amigo.

  1. Anônimo disse...:

    Silas não é avaiano e nem voltou mais avaiano.

    Ele não é do Avai, ele está no Avai.

    Não queremos o "amor" dele pelo Avai. A função dele, enquanto sua estada no clube, é ganhar jogos, titulos e receber seus salários.

    Torcedores amantes do Avai somos nós e não esse que humilhou o Avai pelos meios de comunicação, chamando o nosso glorioso de time pequeno.

    Minhas mãos doeram de tanto bater palmas na sua volta olímpica. Vi gente chorando de gratidão. Não merecíamos o que veio depois.

    Linchado no Grêmio e Flamengo sentiu saudades daqueles aplausos.

    Agora mostra teu trabalho sem juras de amor porque a torcida do Avai amadureceu. Caso contrário vais receber o mesmo tratamento que teu amado Grêmio te deu: vaias e uma grande volta olímpica com a marca de um pé no traseiro.

  1. Calma, anonimo, isso é apenas retórica.

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