Judiaram do futebol

quinta-feira, 31 de março de 2011

Um pouco refeito do susto do que assisti ontem, na Ressacada, dá para dizer algumas coisas com mais calma. Ainda que a adrenalina esteja em níveis um pouco mais elevados devido ao péssimo futebol que vem apresentando o nosso Avaí, a gente consegue racionalizar. Mas eu confesso que estou assustado. Preocupadíssimo. Minhas percepções são sombrias em relação ao nosso futuro, se as coisas continuarem assim.

A gente que se acostumou a ver futebol jogado de tudo quanto é jeito, já bateu uma bolinha, assistiu e comenta jogos que nos são apresentados de todos os lugares possíveis e imagináveis entende um bocadito desse troço. Como diz o nosso amigo Rica CAIXA ALTA, “no futebol, pra burro a gente não serve”. E o que a gente vê do Avaí é de dar dó. A parte da raiva já passou (tá, um pouquinho). Tá dando é pena, mesmo. 

A goleada não me comove, me preocupa, pois pode esconder os ratinhos no porão. É nítido que um time mais arrumado vai nos massacrar, sem dó, piedade ou reza das santas e santos. E não adianta dizer que fulano tirou o pé, que beltrano pensou nos cartões. A coisa é mais profunda.

É difícil, contudo, imaginar o que pode estar acontecendo no elenco avaiano. Já disseram que é coisa da bíblia, mas o maior levantador de mãos para os céus está fora por vontade única exclusiva do treinador. Já surgiram especulações sobre as noitadas dos “atletas”, porém, pelo que se sabe, os botecos estão vazios. Diz-se que há um grupo dividido, mas pode ser em função do próprio esquema tático, que não permite companheirismos. Surgiu, por aí, até a informação de que Marquinhos tinha um problema pessoal mais sério a resolver, porém nada de concreto existe, apenas uma fofoca ocasional.

Ou seja, sejamos francos, estamos querendo enxergar um pelinho na cabecinha rosada daquele ex-governador calvo. Na verdade, o problema já foi apontado, mas há resistências em defini-lo. O problema está no banco de reservas, ou à frente dele. Deu pra bola deste cidadão que treina o Avaí. Sua fase passou, sua história vai ficar e a fila anda.

O que se viu na Ressacada, ontem foi uma judiaria, e nem mais ao torcedor avaiano, este que não conta com o apoio da diretoria avaiana. Foi uma afronta ao futebol, como esporte, como prática de solidariedade esportiva, como ajuntador de corações e mentes ao redor do mundo. Foi uma falta de respeito a este jogo tão amado ao redor do planeta.

Vou bater na mesma tecla. Ou alguém pense em tirar do cargo agora, já, o clone de moais da Ilha de Páscoa, ou vamos verter lágrimas de angustia e sofrimento pelo resto do ano. Ainda dá tempo. “ah, mas o Avaí vai ficar sem técnico para o final do campeonato”.

Bom, o Avaí não tem técnico e, esqueçam, com ele no banco de reservas, qualquer pretensão a título. Vai ser precis haver uma reviravolta muito grande, Uilhã fazer gols monumentais, Marquinhos decidir jogar sem um companheiro e Renan para de caçar borboletas.

Qualquer Zé Ruela, ganhando 1/5 do “louvado seja o senhor” faz este time ser campeão com um pé nas costas. Repito: ainda dá tempo.

Depois? Depois que ninguém me venha fazer promoção de ingressos a 10 pila. A 5 já estaria caro.

1 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Alexandre, eu também não era a favor do retorno do Silas. Ainda na sua primeira passagem dava mostras de teimosia com "pelezinho" e Cristian por exemplo, mas a torcida Azul tinha muito mais respeito por ele. Por mais que tenham havido pedidos de desculpas após os fatos ocorridos, estava claro que a paciência e o respeito da nossa torcida não seriam os mesmos perante as escolhas dele. Acho difícil que ele seja demitido antes do brasilerão, a não ser que ocorram reveses muito grandes daqui pra frente (toc, toc, toc bate na madeira). De fato neste momento, por mais que eu não quisesse, estou torcendo por ele. No mais, não creio que o maior problema seja o treinador, tem mais "côsa" nas internas, já havia avisado Benazzi, e Silas concordou na última coletiva pós-jogo.
    Um abraço,
    Peter.

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