Sopinha quente se come pelas beiradinhas

Neste ano em que o Avaí custou a se encontrar, cujo futebol até agora apresentado não nos traz confiança, sobrou soberba e faltou humildade.

A soberba de acharmos que já éramos campeões, de desprezarmos os adversários, de começarmos com um time meia-boca, enquanto que o time considerado principal ainda tirava a areia da praia dos pés dos jogadores saidos das férias. A soberba, apelidada de planejamento, que dava como favas contadas um campeoanto duríssimo e cheio de times marrentos.

Pois eis que faltou sermos humildes e encararmos com seriredade os desafios, jogando como campeões e não como atores bufões de um circo de abobados. A história do Avaí não é assim. É uma história de luta e sacrifício, onde cada conquista é comemorada ao êxtase. Está lá no nosso hino, que não me deixa mentir.

Todavia, bastou conseguir alguns bons resultados que a gente avaiana já se assanhou para o deboche e a empáfia. Até onde eu sei, quem costumava fazer isso era o pessoal de um certo Real Madrid paraguaio, ajudado pela sua mídia sempre apaniguada. Era de lá que partia esse discurso bobo-alegre.

Agora está se pedindo que alguns jogadores sejam poupados, pois enfrentar o JEC não é tão difícil quanto o rival ex-série B. Pergunto: desde quando jogar contra os tricolores do norte do Estado é tarefa fácil? E o clássico, ao que me consta, será apenas na semana que vem. O campeonato DEVE ser jogado jogo a jogo, cada partida uma conquista. Poupar jogador para evitar cartões e contusões revela medo atávico.

Acho que tem gente comendo sopa quente enfiando a colher no meio. Vais pelar e língua, meu nego!