E se...

terça-feira, 26 de abril de 2011

A vida das pessoas é uma constante tomada de decisões. Vivemos entre a dúvida e a certeza, dia e noite. Somos humanos exatamente por isso. Pensamos, analisamos e contemporizamos. E decidimos. Mas, antes da decisão, existem as conjecturas, que costumeiramente chamamos de condicionais. Os testes de hipóteses.

E se chover amanhã?

E se eu tivesse dinheiro?

E se houvesse tomado outro caminho?

E se o Brasil fosse colonizado pelos ingleses?

E se eu fosse...

E se nós tivéssemos...

E se...

Ao logo do dia elaboramos esta imensidão de teses, que nos conduzem. Tomamos as decisões, mesmo sem saber, baseando-nos nisso, nesse comportamento típico. Chegamos à conclusão, entretanto, de que o SE não existe. É comum interpretarmos as coisas assim, imaginando que já existe um caminho definido e traçado. Damos a entender que a discussão não tem importância, pois o tempo não pode voltar para se constituir uma nova realidade. Está envolvido com as coisas do acaso.

Presumir outras realidades, contudo, é um exercício importante para nossa condição, até para a nossa sobrevivência. São incontáveis SEs que poderiam mudar a trajetória de uma pessoa, de uma comunidade, de um país, até do mundo.

Por isso, planejamos. Para fugir da situação meramente especulativa e condicional, aleatória, elaboramos projetos, que nada mais são que postular os SEs de maneira ordenada. Vamos propondo os vários cenários, viáveis ou preocupantes, que direcionam nossa conduta para o sucesso.

Se (olha aí!) trouxermos toda esta análise para o Avaí Futebol Clube, agremiação de futebol que se quer grande, profissional e complexa verificamos que pode até ter havido um planejamento, sim, mas que foi no papel, na teoria, pois sua conduta foi deficiente e/ou mal trabalhada. Fomos dependendo dos percalços, dos obstáculos, das dúvidas e anseios para ajustar a trajetória do time.

Fomos avaianizando o campeonato, ou seja, tornando difíceis e complicadas as coisas que poderia ser mais fáceis. Vamos nos acomodando, nos submetendo.

O Avaí chegou à final do campeonato. Restam três jogos, que são independentes.

Se for campeão, será da forma avaiana de ser, contra tudo e contra todos, sendo tudo mais difícil.

Se sair derrotado já na primeira decisão no domingo, terá que rever seus projetos futuros, pois já não pode mais contar com a sorte, com o acaso.

Todavia, uma coisa é certa: só se conquistam coisas na vida com planejamento. Analisando todos os obstáculos e realidades, conjecturando, e deixando as obstinações e teimosias de lado. O SE joga, sim, desde que com inteligência. Desde que não faça parte do acaso.

2 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Belo texto Aguiar! Assim também vejo o Avaí, mesmo com um planejamento ridículo, que nos fez perder 4 jogos no início do campeonato (pontos que hoje nos fazem muita falta...), o Leão vem rugindo mais pela raça, garra dos jogadores, e a incomparável Camisa 12, que joga junto sempre, do que por aquilo que só ficou no papel...

  1. Guilherme disse...:

    Boa tarde Alexandre, gostaria de saber se o Avaí vai colocar ônibus para a torcida??? não seria hora de algum empresário aparecer e bancar os ônibus pra torcida e ganhar como contra partida sua marca no uniforme do leão??? não é assim que se faz mídia???em miúdus, alguém me ajuda a ir pra chapecó!!!hehehehe.

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