Embora cismados, mas a paixão pra toda a vida continua.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

É natural que a torcida avaiana esteja preocupada. Torcedores de times de futebol são motivados por sonhos e ilusões. E sofrem. Possuem todos os predicados possíveis de um bom sofrimento. Angustiam-se e são amargurados. Afligem-se. São ansiosos e agoniados. Torcedor de time de futebol é um ser emocional. Apaixonado. Complacente, mas muito pouco paciente, diga-se.

São uma legião de humanos em cuja pele aflora o mais íntimo sentimento de reverência a uma causa única. Inabalável. Arrebatadora. Quando lhe cai a razão, já passou por todas as fases de vivências ou variações do espírito, que são manifestadas na alegria, na raiva, na tristeza, na agitação moral e na comoção.

Não existe substância ou fórmula química capaz de reproduzir, ou copiar, ou mesmo imitar o que é sentido por um torcedor diante de seu clube de futebol. São sensações singulares. Sua paixão extrapola os mais bem elaborados conceitos a respeito da condição humana. Naquele momento em que se encontram, o time e seu torcedor, uma união espiritual e carnal se expõe. Dirão, quem não entende, que torcer para time de futebol é coisa para loucos, para inconseqüentes, para malucos. Quando, na verdade, é o exercício da devoção.

Digo tudo isto, faço essa louvação ao torcedor, filosofo, como preferem os tolos, para explicar a minha própria louvação. Durante muito tempo fui colocado ao lado dos tais boca-alugadas, os chamados chapa brancas por defender muito o Avaí. Aliás, quero saber onde está minha Ferrari, de tanto também ter defendido o presidente Zunino. Ontem recebi uma mensagem de um amigo perguntando qual a razão de eu ter mudado. Respondi que não, que ele estava enganado. Não fui eu que mudei.

O Avaí Futebol Clube entrou num deserto de idéias, de concepção de planejamento e administração do futebol. Está equivocando-se. Já há gente bicuda com o torcedor por imaginá-lo torcendo contra, exigindo demais, pedindo coisas difíceis. Já há quem diga que o torcedor avaiano não é mais parceiro. Como?

O torcedor avaiano é apaixonado por este clube, pela sua história, pelas suas conquistas. Nos orgulhamos de nosso Avaí. Ai de quem afirme que somos pequenos, que nossas condições são limitadas, que a nossa história é chinfrim. Esse, certamente, não é avaiano.

Ah, só para lembrar, continuo defendendo o presidente do Avaí, sim. E tenho certeza que a sua capacidade administrativa vai encontrar uma solução para nossas mazelas.

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