O respeito que faltou

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Tenho dito inúmeras vezes o quanto de respeito faltou ao Avaí neste início de ano. Os desavisados e analfabetos funcionais acham que ter respeito significa baixar as calças, se humilhar, ser um bocó qualquer. Nada disso! Ter respeito em um campeonato é, nada mais, nada menos, que se impor. Montar um time forte e valorizar o adversário. Dizer que ele é importante e por isso se fez um grupo qualificado. É garantir à torcida que se vai jogar com coragem, garra e determinação. É mostrar a toda a imprensa que o acompanha que ali está um time de valor, forte e resoluto, pronto para ser campeão. Isso é respeito. Isso é dar importância a uma competição e a todos que estão ao redor.


É dizer: “eu vim aqui para disputar este título e não para ser um simples coadjuvante.”

A soberba, ao contrário, é aquela onde damos de ombros e deixamos o tempo se encarregar de nossas incapacidades.

O Avaí, todos sabemos, juntou gente de competência duvidosa na montagem de um grupo. Consequentemente, foi contratado um conjunto de jogadores que se dizia bom no papel, mas que, à medida que foi posto à prova perdia para sua própria inépcia, desqualificação e vaidade. Além do mais, o Avaí insistiu em técnicos fanfarrões e pescadores, de pouco traquejo ao microfone e de muita garganta exposta. Para corrigir e assinar um atestado de sua falta de planejamento, contratou um treinador mais preocupado em não tomar gols do que em fazer um time jogar, cujos resultados demonstraram medo completo e absoluto de perder.

A campanha patética mostrada pelo Avaí Futebol Clube é daquelas coisas para ser esquecida, ou melhor, para ser lembrada e nunca mais se fazer coisa igual. Não é admissível que se jogue um campeonato onde, na última rodada de classificação ainda se estréie jogadores. Claro, isso para um time de futebol que quer ser campeão. Não se admite, quando se pretende um campeonato, distribuir as camisas dos jogos apenas para volantes e zagueiros. Não é compreensível que um time candidato a um título não tenha jogadores à disposição em pontos chave do esquema, tendo-se que se improvisar à revelia.

O Avaí poderá ser campeão catarinense? Sim. Está na disputa, e o pouco que jogou ainda lhe deu condições de chegar a uma final, mas é daqueles galhos de enchente que vão se arrastando na corredeira, sem se saber para que lado vai se agarrar, até que uma hora encalha. É possível que seja campeão, mas jogando alguma coisa muito parecida com o futebol. Vamos torcer, afinal nossa condição na arquibancada é para isso. Porém ficará um amargor, um não-sei-o-quê intragável, não deglutível, que teima em queimar o esôfago.

A velha frase “Muitos não puderam quando deviam, porque não quiseram quando podiam” cabe perfeitamente ao Avaí neste ano de 2011. Que seja aprendido! Afinal, reconhecer erros é sinal de inteligência.

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