Dizer o que?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Dizer que uma derrota é um bom resultado? Nunca. Perder sempre é ruim, até nos palitinhos. Mas algumas derrotas são menos derrotas do que outras.


Dizer que podíamos mais, tornou-se redundante. E chato. Nosso técnico não é favorável ao futebol ofensivo, essa é a verdade. É medroso, retranqueiro, adepto de esquemas defensivos. Não gosta de atacantes. “ah, mas estávamos desfalcados”. Bom, o 2º. tempo provou que dava para querer mais.

Dizer que é possível reverter o resultado? É. Sim, é possível. Basta jogar no ataque na próxima partida da Ressacada.

Honestamente, para o jogo de ontem do Avaí, não acompanhei o coro da derrota acachapante. Mesmo sabendo que temos um técnico de pouca ou nenhuma inspiração, sem ambição, que jogaríamos com uma zaga completamente nova e sem treinamento, que o Renan não nos inspirava confiança, que a presença do Marquinhos Galego em campo dá mais qualidade ao time, ainda que não esteja 100%, mesmo assim não atestava que o Avaí voltasse de São Paulo com uma mala cheia de gols. Eu acompanho o futebol desde criança. Isso dá um pouco de bagagem para perceber quem tem condições e quem não tem. E o São Paulo não é isso tudo. Aliás, não é nada disso.

“ah, mas o São Paulo deu um baile no primeiro tempo e o melhor em campo foi o Renan”. Sim, claro, mas por que? Porque o nosso treinador é cagão. Tem medo de tomar gols. E Renan sempre foi um bom goleiro, porém está sendo mal treinado. “ei, estás dizendo que o treinador de goleiros é fraco?” Estou.

A respeito do jogo, existe uma lógica burra no futebol que é a seguinte: fora de casa joga-se resguardado, para evitar tomar gols. Ah, sim, muito bem! Então um time joga num ferrolho siberiano e, ainda assim, toma sufoco. Pois se vai perder, parta para o ataque. Avance e surpreenda. Vai tomar gols? Mas também tenha a ambição de fazer.

Penso que o Avaí pode passar de fase, sim. Mesmo considerando todas as deficiências de nosso técnico e seu irreversível defensivismo. Percebe-se que o Avaí tem um time produtivo, com motor 4.0, mas que joga de freio de mão puxado.

Para o jogo de volta duas coisas devem acontecer: jogar pra frente, fazendo o São Paulo acusar o golpe. Incomodar, fustigar, dar de dedo, pisar no calcanhar.

A segunda coisa diz respeito à torcida. É dela que o Avaí precisa. O caldeirão da Ressacada precisa voltar e, para isso, é preciso que alguém facilite.

Ouvi, certa vez, que o dinheiro até deixa a gente rico, e que o conhecimento nos torna sábios. Mas a grandeza de um homem é medida pelo seu grau de humildade. Não precisa ser rico e nem sábio para entender que o Avaí necessita, urgentemente, de sua torcida.

Precisa desenhar?

4 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Não tem mais nada a dizer, dissesses tudo!
    Só nos resta lamentar por ter perdido essa oportunidade de jogar com a vantagem do empate em casa e torcer para que os céus iluminem a cabeça desse desprovido de inteligência futebolística(HAHAHA) e acerte a escalação, a formação e as substituições mesmo que na sorte, como sempre foi.

    Grande abraço, Celso Jr.

  1. Celso, a pena é que este time poderia mais. Porém, o nosso treineiro é medroso.

  1. Eron disse...:

    Ferrolho Siberiano é bom heheheheh, é aquele que depois de congelado não destranca mais?
    Um abraço
    Eron

  1. sergio araujo disse...:

    Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.
    O Ceará e o Coritiba simplesmente atropelaram os favoritos Palmeiras e Flamengo, nós tambem podemos, o que nos falta é um comandante de coragem.

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