O que esperar mais do Avaí
Você que está lendo isso aqui já deve estar de saco cheio dessa ladainha. Desde o ano passado, graças aos desmandos da diretoria avaiana, vamos cozinhando em caldo quente a nossa paciência. E a gente tem apontado dia a dia, semana a semana, que da maneira como as coisas estavam sendo feitas dariam nisso aí. Este resultado, o de fazer dois campeonatos brasileiros vergonhosos, e um catarinense para esquecer não é surpresa pra ninguém que acompanha o Avaí. É apenas o samba da mesma nota.
Quando da postagem de ontem à noite,
(Uma noite patética) ao mencionar que havia sido patética, alguns amigos comentaram que eu estava possivelmente sendo incoerente, que havia deixado de lado a diretoria nas críticas. Não, não há incoerência alguma. Quem acompanha o meu blog sabe que já levantei os problemas e as bobagens proporcionadas pelo mau planejamento da diretoria avaiana. Do presidente ao Departamento de futebol, passando pelo Mar Quetingui, todos têm a sua parcela de culpa. Seguidas e seguidas vezes apontamos o que era feito de errado. Não consigo mais ser repetitivo para algo que é tão óbvio, que está evidente.
Falei, especificamente, do jogo de ontem, onde vi algo tétrico, horroroso. Isso, esse trocinho ao qual assistimos ontem, não pode mais acontecer na Ressacada. Há muito não via um grupo de jogadores tão ruim numa partida. Claro, e vou dizer mais uma vez, que são mal treinados, que foram mal escalados, que foram mal contratados, que alguém os enganou dizendo que eram jogadores de futebol, etc, etc, etc, ad eternnun.
Eu tenho por conduta respeitar a condição individual das pessoas. E pretendo continuar assim. Mas vou na jugular dos jogadores cirurgicamente para este jogo, no sentido de levantar um lugar-comum, quando alguns peladeiros querem livrar a sua cara-de-pau das críticas. Dizem alguns que “são pais de família, que merecem ser respeitados, etc e tal.” Sim, concordo. E eu, cara-pálida? Eu sou o quê? Sou um palhaço, por acaso, para sair de casa, deixar a família e assistir a um time sem qualidade e que nem sujar a bunda na grama tem coragem? Ver um bando de cones se arrastando em campo, envergando o nosso uniforme e envergonhando as nossas tradições? É isso? Eu posso sofrer, é assim? Eu vou para casa depois, feliz da vida, porque mais uma vez fui humilhado em pleno estádio?
Dissemina-se a ideia de que os jogadores estão fazendo corpo mole pelo atraso de salários, ou para derrubar o técnico, ou porque o empresário pediu para amolecer, e tantas coisas saídas meio da torcida. Eu, que ainda me sinto um romântico do futebol, e talvez por isso sofra tanto, afirmo que a única coisa que um jogador de futebol deve ter é cumplicidade com a sua torcida. É ela e não bons salários que fazem um jogador ter uma carreira promissora. É a torcida que aplaude, vibra e se entusiasma por quem joga no seu time. Jogadores vaiados não rendem bons negócios no futuro. Na partida de ontem, poucos jogariam em qualquer lugar do mundo.
Para mim este jogo foi o limite, a gota d’água, o fim da linha. Daqui para frente, eu que sempre acompanhei o Avaí, nos piores momentos, e que só deixei de ir aos jogos por problemas de saúde, vou pensar seriamente se volto à Ressacada. Vou analisar de maneira profunda se vale à pena.
Cansei. Não sou palhaço.
Hô Alexandre, esperar o que de jogadores que não tem identidade nenhuma com o Club, para não dizer, também, com cidade; meros mercenários que não horam seus compromissos com um Clube sequer, horam apenas seus bolsos, mas, isso é culpa exclusiva da diretoria que colocou pessoas erradas em cada departamento, que não tem o filing, de pelo menos, achar jogadores com um pouco de comprometimento, estou dizendo pouco, porque, estes que estão aí não servem nem para gandulas, com todo o respeito aos gandulas.
Indignação é pouco!!!
Eron