É possível que alguns não concordem veementemente com o que vou dizer, mas, como diria Moisés do alto das montanhas, quem não quer inimigos que não dê opiniões. Não que queira arranjar inimigos, mas o contraditório torna a gente mais esperto. Bom, tenho a plena convicção que Gallo não era o cara para sair nesse momento, apesar de todos os pesares.
A primeira pessoa que me deu a notícia da contratação do Gallo foi meu amigo André Tarnowsky. Eu lembro muito bem de ter ficado p... da vida. Ainda disse: "não querem que eu vá mais para a Ressacada." Não achava, como não acho o técnico ideal para o Avaí, uma vez que naquele momento estávamos iniciando a temporada. Não estou sendo contraditório, mas apenas reflexivo. Precisávamos de um montador de time e não de contratador. Naquele momento, o Avaí vinha de um 5o. lugar nojento no Catarinense, campeonato onde passou boa parte do primeiro turno na zona de rebaixamento. Tal qual agora. E estávamos cozinhando em óleo podre a eliminação da Copa do Brasil.
O grande problema é que iniciamos o ano com o Benazzi. Um doidivanas falastrão, que se diz técnico de futebol e faz papel de extintor de incêndios nas horas vagas. Não era o homem para começar a temporada. Depois, entramos na Era de Aquário do amor cristão e trouxemos o Silas. É o sujeito que gosta de ficar de bem com todo mundo. Deixou Marquinhos Santos engordar por pura sacanagem, uma vez que o Galego não queria trabalho duro, e não impôs regras ao Marcinho Guerreiro (ah, você não sabe da história desse camarada? Um dia, quando tiver saco, eu conto) e permitiu que se criasse cobras na Ressacada. Algumas delas foram afastadas pelo Gallo depois.
Pois eis que os árabes, numa forma de ecumenismo monoteísta, levaram o cristão a viver no meio dos mouros, uma espécie de cruzada às avessas. Mas, a Ressacada estava um caldeirão fervente. Todo mundo punha o dedo na panela e se queimava. E todos apontavam o dedo queimado um no nariz do outro. Era o momento de se dar o famoso soco na mesa. E eis que veio o Gallo e eis que ele deu. Um verdadeiro martelo de Thor foi deitado sobre a mesa avaiana e cabeças incharam e rolaram.
Ocorre que dois problemas surgiram a partir daí, face ao que já estava acontecendo. As cobras mandadas infiltraram suas palavras pela mídia e pela torcida. Muita gente ficou com peninha de alguns mequetrefes traíras. E, depois, a diretoria não peitou a sanha contratadora de Gallo e seus miquinhos amestrados. O resultado? O pau do Gallinheiro ficou sujo demais para ser limpo e ele foi mandado cantar em outra freguesia, como é praxe no futebol brasileiro.
Se o tivessem segurado e definido que havia contratado demais, com qualidade de menos e exigido um trabalho adequado, certamente algum resultado estaria acontecendo. Todos verão que não era o Gallo o principal problema. Nem de longe.
O que fica de lição, se é que alguém quer aprender alguma coisa por lá, na Ressacada, é que times do porte do Avaí não podem errar por vaidades. E devem ter mãos firmes no departamento de futebol. Gente que entenda de futebol e não de negócios. E, lucidez das "lucidezas", jamais, nunca, em momento algum, um time como o Avaí pode virar as costas para a sua torcida. É um tiro de canhão atômico nos pés.
Bom, mas agora é tarde para lamentar. Vamos tentar jogar como um campeão, superar os melhores do campeonato numa jornada suicida, ou tentar formar um time para jogar bem a série B de 2012. E começar tudo isso com Edson Neguinho, para depois surgir um outro salvador da pátria, trazendo outra penca de jogadores, preparadores físicos, alguém que veja ser mixuruca a qualidade do time, que perceba que há cones malditos demais por ali e jogue com 200 zagueiros e 300 volantes.
Tudo porque no Avaí planejamento é requisito de norma de qualidade.
O pau de galinheiro
Postado por
Alexandre Carlos Aguiar
às
19:46
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
1 comentários:
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Dizer o quê, meu caro?
Na Ressacada parece que é o Vento Sul quem manda. Dependendo para o lado que sopra as coisas acontecem.
Porém, algumas coisas ao meu ver são fatos: 1) Edson, depois do que fez ano passado (sul-americana), jamais poderia continuar no Avaí; 2)Tudo demonstra ser que os jogadores que entram em campo não são necessariamente os mais qualificados, mas os atletas mais "queridos" e de determinados empresários. 3) Por que naquela lista de "treinar em separado" não constou nenhum atleta da LA? Afinal, o "lateral" Gustavo está fazendo o quê?
Pois bem, podem mudar quantos técnicos quiserem se a filosofia continuar sendo a mesma o rumo é para a série B, depois ...
Além do mais, tem duas coisas que eu não consigo entender: 1) O desprestígio do Estrada; 2) O não aproveitamento de atletas da base neste ano.
Mas, como este ano no campeonato brasileiro tem uns cinco times medíocres e mais uns tantos medianos, é ficar na expectativa de que "esse Avaí faz coisa"!