Projeções vazias, motivações geladas. chutes no balde

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tenho visto e ouvido todos os envolvidos com o Avaí fazendo contas. Os professores de matemática estão ficando ricos às nossas custas. O que mais se vê é gente fazendo projeções de quantos pontos a gente precisa para sair do rebaixamento. Bom, sinto dizer, mas de nada adiantam tais formulações astronômicas se não se ganhar o próximo jogo.

É bom deixar bem claro que a campanha que o Avaí deve fazer é de um campeão brasileiro, mas o jogo mais importante é o próximo. E o próximo. E o próximo. Ou seja, cada jogo é o último, pois é assim que a partir de agora todo mundo que estiver interessado em tirar o Avaí dessa deve pensar. Tem que esquecer a tabela e focar sempre no próximo jogo. Jogar tudo e mais um pouco na próxima partida.

E para isso é preciso mobilizar todo mundo.

Torcedores devem ter sua entradas facilitadas ao estádio. Já disse e repito e vou dizer quantas vezes for preciso que os preços dos ingressos devem baixar e ter o limite possível e aceitável. Hoje, não está. Hoje não se põe torcedores no estádio, de jeito algum. Pôr no sistema de som da Ressacada o barulho da torcida é medíocre. Quero conhecer a pessoa que inventou isso. O que vai motivar os jogadores é a torcida nas arquibancadas, fazendo aquele calor típico dos avaianos que todos conhecemos e os adversários tremem ao ouvir. O nosso caldeirão está frio.

Os jogadores tem que estar comprometidos. Nenhum jogador do mundo quer em seu currículo o registro de ter sido responsável pelo rebaixamento de algum time. Hoje, os jogadores de nosso elenco representam a história do Avaí Futebol Clube. Eles devem incorporar as nossas tradições e passar a ser avaianos desde pequenininhos. Não vou mais admitir jogador sabão e pipoqueiro. Tem que jogar agora com sangue nos olhos, enfiar o pé nas divididas, ralar a buzanfa na grama, soltar o grito de gol. E lugar de jogador chorão é na cama ou debaixo das saias da mamãezinha.

O treinador do Avaí deve parar de se achar técnico do Chelsea, do Barcelona ou do Real Madrid e assumir que está à frente do Avaí de Florianópolis, time na zona de rebaixamento desde que o campeonato brasileiro começou e que precisa sair dessa. Fazer jogar o simples e o feijão com arroz.

E a diretoria? Ah, a diretoria, de uma vez por todas assumir seus erros, sua falta de planejamento e deixar de lado as vaidades. O Avaí é do povo de Florianópolis e não dos milionários de Jurerê Internacional. Não jogamos em Miami, em Ibiza e nem em Saint Tropez. Jogamos aqui, na cidade mais manezinha do mundo, com todo orgulho. Então, é baixar a arrogância e a prepotência e começar a trabalhar junto com a torcida e com os jogadores.

E a imprensa local? Bom, dessa não dá pra dizer nada, principalmente da rede de chupadores de bomba, pois eles desejam apenas um time na série A. E com certeza não é o nosso.

E vamos combinar uma coisa: tá na hora de parar com esse mimimi e virar esse troço, que a jabulani já encheu!

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