Um jeito avaiano de jogar bola

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quem me conhece sabe que não sou dado às badalações próprias do futebol. Esse discurso messiânico do vamu vamu, fulano eterno, amor e paixão assim ou assado não é comigo. Gosto é do futebol bem jogado por qualquer time. E se for o meu time, melhor ainda. 

Sou um romântico, da época do futebol de Pelé e Garrincha. Do time de Tele Santana na Copa de 1982, do Flamengo de Zico e companhia, do carrossel da seleção da Holanda, do São Paulo de Rai, Muller e Careca, do Corinthians do Dr. Sócrates, Zenon e Casagrande. Sou um amante, sim, do futebol bem jogado.

Lembro daqueles times memoráveis do Avaí, o do título de 1975, com Zenon, Balduino e Juti ganhando o título em pleno estádio do nosso rival. Daquele timaço de 1988, do maestro Adilson Heleno. A campanha do acesso de 2008, com um dos melhores times de nossa história encantando a todos e que só não foi campeão estadual por detalhes, para azar do próprio campeonato. Todos times que jogavam futebol e, para minha alegria, representando o meu Avaí.

Pois a minha empolgação por este jogo jogado contra o Flamengo faz-se exatamente por isso, por ter visto um time de futebol jogar bola. Um time de porte médio jogando como time grande. Como fazem ou já fizeram os diversos times pelo mundo a fora e que ficaram gravados na memória dos torcedores. E uma emoção, também, pela situação que atravessamos e dificuldades que se acumularam ao longo deste ano. A forma inusitada como enfrentamos um dos melhores times do país no momento.

O Avaí destes dois últimos jogos tem outra cara. Tem uma postura diferente, muito distante daquele amontoado que (mal) acostumamos a ver. Tem um sentimento de time de futebol. Embora haja ainda muita coisa a acontecer daqui por diante, muitos pontos a conquistar e muita batalha a ser travada, já é possível perceber que, sim, o Avaí pode. O Avaí começa a ter um time.

E se, ao final do ano, não nos mantivermos na série A (bate na madeira aí, ô, ixtepô!), por sortes e detalhes inerentes ao futebol, que ao menos se jogue assim, com um autêntico e verdadeiro jeito de jogar bola. Com raça, força, magia e dignidade. Envaidecendo o sonho do senhor Amadeu Horn há 88 anos. É o que nos basta como avaianos.

1 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    O Avaí jogou como se deve jogar na série "A": De igual para igual! Esse lance de favoritismo, de time "grande" já era, e faz tempo! Nossos jogadores estão começando a entender isso, e estão colocando em prática nos gramados. Muitas vezes a garra é que vence a qualidade. E foi o que aconteceu ontem! Brilhante vitória!
    Que venham muitas!!!

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