A paixão sem lógica

A frase atribuida ao poeta Drummond, que encabeça o blog de nossos colegas do Pitaco Azul,

“Para o diabo vá a razão quando o futebol invade o coração.”

mostra a situação do Avaí e sua relação com a torcida. Isso que vimos neste Sábado, quando, como diz a Kaká de Paula, uma legião de malucos resolveu não largar do pé de sua paixão, reflete esse caso de amor.

Gente da mídia e alguns tansos apostaram no fracasso. O resultado foi uma festa magnífica, digna de quem é.

A razão óbvia e natural seria virar-se as costas e ir cantar em outra freguesia. Mas, não viramos, porque somos avaianos. É intrínseco ao nosso ser, está impregnado na pele, na mente, no coração. E isso é assim com os grandes clubes do futebol. Os outros convocam público zero.

Não abandonamos essa paixão, que é ilimitada.

A postura da diretoria ao longo destes dois anos, de fechar as portas ao torcedor não surtiu o efeito desejado, uma vez que foi demonstrado que é um componente imprescindível. Não adianta querer direcionar e conduzir o torcedor avaiano. Ele estará sempre ali, nas arquibancadas, onde é o seu lugar.

Da mesma forma acho graça e faço pouco dos que já jogaram a  toalha e estão apostando numa "pioria" da situação, um possível rebaixamento, para provar as suas teses fuleiras de que se ficar pior, melhora. Uma das tolices mais tolas já vista no meio de uma torcida de futebol. Ainda bem que é de uma meia duzia de seis. Como diz aquele personagem do Tropa de Elite: nunca serão.

O futebol é essa coisa emocional sem razão alguma. Não adianta querer transformar o meio deste esporte num plenário de Assembléia da ONU e nem de diretoria de grande multinacional. Não há uma lógica.

Futebol é feito de 99% de insanidades e 1% absurdos. O resto é conversa mole de pseudo-intelectuais que querem transformar esse esporte das multidões em convento de irmãs carmelitas.