Nos romances policiais, iguais aqueles de Edgar Alan Poe, ou de Agatha Christie, freqüentemente nos deparamos com situações chamadas de new evidence, ou o “fato novo”, que é aquela circunstância em que a história vira e a situação antes delineada para um desfecho muda completamente e revira o enredo final.
É o que esperamos nesta noite em Curitiba, um fato novo, pois a continuar o enredo como está todo mundo já sabe qual será o final desta história.
E o que pode ser considerado um fato novo nesta epopéia do Avaí em 2010?
Seria aquela jogada de efeito do Sávio? Um outro gol de placa de Vandinho? Quem sabe o desencantar de Leonardo, tirando a urucubaca? Uma jogada de arranque de Roberto, nos minutos finais, decretando a vitória azurra? Ou ainda um lance de pura genialidade de Medina, para que se consolide como a outrora promessa avaiana?
Não. Não acredito em nada disso, embora torça por qualquer um destes eventos.
O fato novo que espero esta noite é o treinador avaiano, pela primeira vez, colocar em campo um esquema tático aguerrido e disposto a enfrentar, olho no olho, o time da capital paranaense.
Já afirmei aí em outra postagem que não sou muito fã de times baseados apenas na raça, mas também não suporto jogadores frouxos e covardes, com marcações atrás da linha da bola. A propósito, volto a pedir a extinção completa da humildade na Ressacada. Somos muito maiores do que jogadas onde o melhor recurso seja atrasar a bola pro goleiro, ou dar chutão pro mato que o jogo é de campeonato.
O fato novo que quero está noite é o da disposição de valentes leões avaianos e da imposição de nosso melhor futebol, esquecido desde 2009. Aliás, alguém poderia me dizer o que havia naquele champagne tomado na virada do ano lá na Ressacada?
Pow Alexandre "fato novo" não isso me lembra termos usados por Roberto Alves o maior fazedor de média ensaboado da imprensa catarinense. Abraços