Categorias de base: um passo atrás no Avaí

Nesta semana os avaianos foram tomados de surpresa ao saber que os rapazes da base não disputariam a Copa São Paulo. Este torneio é uma vitrine para empresários da bola, montado no momento em que a maioria dos torcedores pelo Brasil está queimando a pele nas praias, ou "baladando" no verão tropical deste país. Ou seja, quase ninguém vê. Ou melhor, é assistido, concentradamente, para quem quer fazer um didin para o resto da vida.

É isso mesmo! Categorias de base, no futebol, tornou-se um rio de dinheiro para quem possui um menu de atletas agredados desde a mais tenra idade. O sujeito ganha dinheiro com as negociações até o atleta se aposentar. Investir em categorias de base dá mais retorno que aplicar na bolsa de valores. É uma megasena acumulada várias vezes. Por isso, os interesses. Por isso o Avaí deu um passo atrás ao permitir que o excluissem deste torneio disputado em São Paulo.

Meses atrás houve mudanças no comando deste departamento no Avaí. Saiu gente que fazia jogo duplo e deixava os "moleques" à mingua, com uma formação duvidosa, e entrou algo mais ainda duvidoso. Procurei, inclusive, me informar do que se passava, quais eram as perspecitvas, como seriam os trabalhos e projetos daqui para frente e recebi um sonoro e eloqüente silêncio. Dessa forma, não posso avaliar o que será daqui por diante, pois nada foi revelado.

Mas o que posso afirmar é, que, a continuar assim, deixando de participar de torneios importantes como esse, de representar a instituição Avaí Futebol Clube, alguém vai perder dinheiro. E muito dinheiro. Ah, a decisão foi política e não havia como reverter? Então a coisa na Ressacada é mais séria e complicada do que a gente pensava.