Aula de Gastronomia. Prato do dia: cabeça de camarão ao alho e olhe lá.

Detesto a frase "eu já sabia". Ela é pra lá de oportunista e revela uma torcida para que tudo dê errado e o sujeito se regojize com erros que aponta. Portanto, não é minha praia.

Porém, todavia, contudo, para este jogo já era previsível o resultado. Vinha falando disso a semana toda. Por nossa própria experiência, de quem entende um pouquinho só de futebol, sem ser especialista assombroso, sabemos que o treinador-pastor-pedreiro, que ostenta o título de treinador do Avaí e já está fazendo hora extra, da forma como dispõe este time pra jogar, não vai ganhar nem par ou ímpar.

Mas a tarde-noite deste domingo nos reservou outros acontecimentos no clássico, dignos de Sessão Pastelão. Por isso, vou eleger os cabeças de camarão do dia, que deverão ser servidos numa boa frigideira.

1o. cabeça de camarão: a PM de SC. Esta instituição não existe. Reuniu torcedores a semana toda, fez esquema de segurança, tripudiu em torcedores avaianos (pois no ladelá tudo foi permitido), proibiu o que não foi proibido e, ao final, para fechar com chave de ouro, permitiu que torcedores se engalfinhassem, cujo saldo foi ferimentos em crianças. Prêmio Patetas do Clássico.

2o. cabeça de camarão: os torcedores que fizeram a sinalização no intervalo, depois de perceberem que no ínicio da partida a fumaça não dispersaria. É preciso ser muito burro para não entender que, não havendo vento, o troço todo iria ficar dentro do estádio. Parabéns a estes PHD em estupidez, conseguiram desmobilizar a concentração do time e deixaram a nossa torcida irritada. Prêmio Zé Ruelas do Clássico.

3o. cabeça de camarão: o técnico-pastor-pedreiro. O sujeito que diz que está construindo o Avaí. Até onde eu entendo de futebol, que é simples pra burro, a gente leva uma ou duas semanas para montar um time de futebol. Faz uma ou outra experiência e bota o time pra jogar. Se não der certa uma coisa, muda e desfaz, porém, num período curto para que dê tempo de se disputar um campeonato. A continuar assim, é possível que até o natal esse cagão (acho que agora pode falar, né?) esteja com o Avaí construido. Difícil é saber se haverá torcedor até lá pra morar na casa. Prêmio Burrice em Pessoa do Clássico.

4o. cabeça de camarão: um tal de Diogo Orlando. Um jogador que não marca, não ataca, não defende, não chuta e não passa faz o que no futebol? Aliás, coitado dele. Quem disse que ele era jogador de futebol é o culpado disso. Não consigo mais adjeitvos, ele não merece tudo isso. Prêmio Coisa Horrorosa do Clássico.

5o. cabeça de camarão: eu. O que é que estou fazendo na Ressacada se eles não nos querem por lá. Planejaram errado, montaram um time errado, contrataram o técnico errado e ainda querem que eu aplauda, pois se xingar, vaiar ou chamar o técnico de burro posso ser penalizado. Prêmio Era Só o Que Me Faltava do Clássico.

Ah, deu. Tô de saco cheio!