Ouvi ainda há pouco o velho e surrado discurso do Senhor Paulo Silas a respeito desta campanha do Avaí na Copa do Brasil. Ele reafirma categoriamente que foi uma campanha histórica e que fizemos muito. Eu falo cá com minhas abotoaduras: como pensa pequeno essa gente.
Que campanha histórica o quê, cara pálida? Campanha histórica é fazer a final. Campanha histórica é trazer o título pra casa. Campanha histórica é transformar-se numa referência no futebol. O que o Avaí fez foi disputar um torneio e acabou saindo melancolicamente num jogo estupidamente perdido pelo senhor Paulo Silas. Essa que é a verdade.
Alguém sabe de algum general que tenha perdido a guerra de maneira tosca e passado para a história? Um bom presidente ter-se sobressaido por haver colocado seu país numa pindaíba? Um carro de corrida que tenha ficado sem combustível a poucos metros da chegada ficou guardado na história da Fórmula Um? O aluno que errou as questões da prova, mesmo que tenha estudado muito?
A história não preserva os fracassados, ainda que tenham se esforçado. Os vitoriosos ficam na história e os perdedores fazem parte da estatística. Daqui a 10 anos ninguém vai lembrar que o Avaí ficou pelo caminho num jogo decisivo contra o Vasco. Talvez lembre daquele jogo contra o São Paulo. E só. Vamos parar de pensar pequeno.
O Avaí, com sua atual estrutura, pode chegar aonde? Conquistar um título nacional? Uma vaga para a Libertadores? Uma Copa do Brasil? Cinco campeonatos catarinenses seguidos? Pode alguma destas coisas? Então é hora de rever certos conceitos? Não se pendura tapete na parede, apenas medalhas e se expõem troféus. Tapete a gente passa por cima. E estamos conversados.
Ótima quarta-feira Azul & Branca!
Há 39 minutos
Campanha histórica? Fazer história é vencer, ser Campeão...