Em busca do tempo perdido

quinta-feira, 2 de junho de 2011

A semana no quintal avaiano começou terrível com a saída de nosso maior ídolo e a suposta/provável saída de nosso melhor goleiro. Os avaianos que gostam de um bom futebol sentiram-se órfãos da noite pro dia. E parece que não parou por aí, vem mais coisa pela frente. Evidentemente que no meio de todo esse caminho há as pedras de interpretação, de lá pra cá, daqui pra lá. Torcedores disseram coisas de jogadores, jogadores culparam torcedores, e todo mundo ficou bicudo. Não podemos negar que sobraram rusgas, e feridas vão custar a cicatrizar. Porém, a fila anda, a jabulani quica e a Ressacada é uma baita.


Sabe-se que a diretoria avaiana, tentando corrigir a rota do busão desgovernado, depois das trombadas na parede, começa a mexer os pauzinhos e inicia um processo de reformulação no elenco. Não se sabe ainda se trará qualidade, mas, ao menos, deixará opções.

Além disso, destas possibilidades de melhora no elenco, sabemos que há propostas para a saída do treinador atual do Avaí, que ainda não ganhou nada e continua com a síndrome de mediocridade habitual. Se precisar de uns trocadinhos para a passagem de ida, a gente pode até negociar uma vaquinha. Que tal? É o que nos resta para tentar corrigir uma rota com GPS sem bateria.

De tudo isso que está ocorrendo, ficam algumas lições. Não quero ser professor de deus, até porque não tenho talento e nem container para isso. Mas é preciso, de uma vez por todas, se entender que a realidade do Avaí Futebol Clube, assim como a de outros clubes medianos que disputam o Brasileirão é essa mesma e não há como fugir disso. É a de coadjuvante.

Somos candidatos a rebaixamento a cada campeonato que se inicia. Podemos ser grandes um dia, podemos ganhar títulos importantes em um futuro próximo, podemos beliscar coisas melhores daqui a pouco, desde que mantenhamos por algum bom tempo a cabeça no lugar. Porém, no frigir dos ovos a única possibilidade é ir fazendo times para os outros e, o que sobrar, vamos conquistando pontinhos para nos mantermos nos torneiros nacionais que disputarmos. Isso não é pensar pequeno, é simplesmente pensar. Concordo com tudo isso? Não, mas é o que nos resta.

O sonho sonhado e decantado pela torcida, de participar de uma série A, se realizou. Resta-nos agora manter, cada qual fazendo a sua parte. Por isso, pela razão simples e precípua de meros participantes, não podemos cometer erros. Não podemos cair no conto da megalomania e aguçar as vaidades. Não dá pra fazer aventuras e fugir do óbvio e do lugar-comum. Um passo bem dado nos faz avançar um metro. A cada passo mal andado, quilômetros podem nos separar da manutenção do sonho.

Se seguirmos a cartilha da cautela e do bom senso, as coisas se arrumam. Como vamos chegar até o final eu não sei, ninguém sabe. Mas que ao menos se termine com dignidade. Nessa altura do campeonato é o mínimo que a descartada nação avaiana exige.

4 comentários:

  1. Sergio Nativo disse...:

    Aguiar tem muito time que foi pequeno e hoje é grande. Estar em um campeonato e achar que não cair já é o ideal. Para mim não serve. Com um pouco de organização, um grupo motivado e a força de sua grande torcida, podem sim se chegar longe. Desde o segundo semestre do ano passado o Avai vem fazendo loucuras. Pedimos apenas que ao menos que se termine o ano com dignidade. Mas socializar custo só tem sentido se tiver um time competitivo e com cortes na turma do CBD. Sem time e sem cortes nas despesas é impossível a colaboração do torcedor. Vamo vamo Avai!

  1. Anônimo disse...:

    É verdade Serjão! Lutar para não cair é humilhante! Queremos aquele Avai de 2009, que quese pegou uma libertadores, não fossem aqueles empates... Que nossa diretoria se concientise de nossas necessidades, que os que estão chegando possam honrar o manto Avaiano, é o mínimo que pedimos! Vamo Vamo Avaí!!!

  1. Carmen Fuhrmann disse...:

    O que desanima é essa tentativa de não cair, coisa de "timinho". Muito sofrimento para a torcida e muita irresponsabilidade de uma diretoria MUDA. mas eu acredito, aliás nunca deixei de acreditar na força do Leão. estamos juntos!

  1. Meus caros. se for feito o básico, sem sustos, sem aventuras, a gente consegue.
    Mas a realidade não é essa, infelizmente.

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