Uma dia após o outro

Durante toda a semana ouvímos besteiras. Até de alguns de nossos torcedores. Todos davam como certa uma vitória esmagadora do pessoal doladelá e , por isso, nesta segunda-feira iríamos apenas contar os cacos. Dos torcedores do lado deles era até natural uma reação assim. Do nosso lado, os que sofrem de ejaculação precoce nem se importaram pelo ridículo, a tal de razão tonta. Mas, esperava menos de nossa mídia. Lamentavelmente, nesta cidade não temos imprensa, mas um bando de torcedores doladelá, que covardemente usa os canais de rádio e TV para apoiar uma instituição e desmerecer a outra.

Ora, clássico é um troço diferenciado. Crássico é crássico, já dizia Neném Prancha.

A fase ruim do Avaí, que todo mundo já está calvo de saber, é preocupante, sim. Ninguém mais do que os torcedores avaianos sabe disso. Como é chato ver um clube de tradição como o nosso ser achincalhado a cada rodada e por ele mesmo. Mas, peraí, nesta rodada estávamos diante de um clássico.

Há uma história por detrás disso. Há pessoas dos dois lados da cidade que vivem e viveram absurdamente este jogo. Tal como a tainha, o berbigão, o vento sul, a bernunça, o pau de fita, a Praça 15, a Ponte Hercílio Luz, a Lagoa e o Ribeirão, Avaí e Figueirense fazem parte da cidade. É da história desta Ilha. Cada morador daqui tem um traço na sua vida envolvido com isso. Mesmo aqueles raros viventes que não gostam de futebol tem algum relação com este embate.

E aí o que vimos em nossa mídia foi a exacerbação assombrosa de um e o desmerecimetno humilhante de outro.Ah, mas agora eu lembro,. A rede que proporcionou essa pantomima é aquela que chupa bomba e usa bombacha. Eles não conhecem a nossa cultura. Lamentável!