Conveniência de ser covarde

domingo, 25 de setembro de 2011

O cara que se esconde por trás de uma vaia é um covarde.

Todos nós sabemos que o time do Avaí é limitado. Não é preciso um "ixpecialista" pra me dizer isso. Eu sei e entendo de futebol. Não sou um profundo conhecedor do futebol, desses que tem diploma, mas aos 50 anos já vi e ouvi o suficiente para entender esse troço jogado dentro de quatro linhas num gramado verde. É complicado ver o time do Avaí jogar, pra quem é amante do futebol.

O Avaí começou esta temporada repetindo o ano de 2010. Não vou me alongar nos detalhes, que já são de conhecimento de todos, mas como cópia xerox, que a cada passagem pela máquina fica pior, copiamos e fizemos mais ruim ainda do que no ano passado. O resultado já foi cantado e decantado em samba, rock e tango para todos. Repetir as mesmas palavras virou disco furado e arranhando.

Por isso, se alguém ainda vai ao jogo do Avaí esperando lances mirabolantes, jogadas apoteóticas, gols de placa ou vitórias épicas, pode tirar o cavalinho da chuva. O sujeito que vai ao jogo do Avaí hoje é porque é avaiano. E disso ninguém duvida. O cara paga muito para pouco futebol. E paga porque quer ver o Avaí.

E aí eu pergunto: por que a vaia?

Quem manda uma vaia sente-se superior. O sujeito que vaia a alguma coisa, obviamente afirma que faz melhor do que aquilo. A constestação é sinal de superioridade, em qualquer ambiente. Ora, mas então, se já sabemos que o time é limitado, que alguns jogadores tem desempenho sofrível, que viveremos, daqui pra frente, de rezas e motivações chorosas, por que a vaia? O sujeito que vaia nesta hora é um covarde, pois está batendo em bêbado e se gaba de ser um lutador de vale-tudo. Chuta cachorro morto e posa de justiceiro.

Claro que alguns analfabetos funcionais me acusarão de desviar o foco e de estar culpando a torcida. Mas para estes eu dedico o meu desprezo. O que falam é farinha que voa com o vento.

Não há mais necessidade da vaia. Não adianta mais chamar o time do Avaí de time sem-vergonha. Apelar, xingar e humilhar, agora, não é mais necessário. Não fará a menor diferença. Tudo isso a gente já sabe. Já foi dito, já foi vaiado, já foi execrado. O Avaí está confirmando, a cada rodada, sua queda à série B. Então, porque a vaia?

A vaia vai levantar o time? Vai fazer o jogador limitado fazer uma jogada de gênio? Definirá que o cara que nunca pôs o pé na bola passe a dividir todas? Fechará a zaga? Vai fazer os gols acontecerem e as vitórias surgirem? Vai fazer o sol sair de trás da peneira? Então, pra quê?

É preferível começarmos a apoiar. E apoiar como nunca antes apoiamos. Nesta hora é que o Avaí precisa mais da gente, como nunca. Apenas nós, torcedores, podemos mudar isso agora. Tudo já foi feito, de certo e de errado, tudo já foi tentado, as lambanças levaram a este estado de coisas. Portanto, a vaia só acelerará a queda, com tudo o que sabemos. E eu, com todas a força do mundo, vou lutar junto com o Avaí instituição, para que não sejamos rebaixados. Porque todos seremos rebaixados, sem distinção. Se o Avaí cair, cai todo mundo.

Claro, exceto aquela meia duzia de seis seguidora da mídia e que adora tripudiar sobre o Avaí. Para eles, tanto faz. O negócio é ser realista.

17 comentários:

  1. Anônimo disse...:

    Acho que esse teu post foi uma vaia.heheheheh.
    Eron

  1. Para bom entendedor, vírgula é redação, Eron.
    Abraços.

  1. Fábio disse...:

    complicado Aguiar.
    Concordo contigo, mas boa parte da torcida pensa diferente
    Pra mim hj foi o PIOR jogo do Avaí.
    Saí antes de terminar pq não dava mais.

  1. Unknown disse...:

    Vejamos meu caro Aguiar

    O ANALFABETISMO FUNCIONAL

    Por Paulo Botelho

    O Analfabetismo Funcional constitui um problema silencioso e perverso que afeta as empresas. Não se trata de pessoas que nunca foram à escola. Elas sabem ler, escrever e contar; chegam a ocupar cargos administrativos, mas não conseguem compreender a palavra escrita. Bons livros, artigos e crônicas, nem pensar! Computadores provocam calafrios e manuais de procedimentos são ignorados; mesmo aqueles que ensinam uma nova tarefa ou a operar uma máquina. Elas preferem ouvir explicações da boca de colegas. Entretanto, diante do chefe - isso quando ele é mesmo um chefe - fingem entender tudo, para depois sair perguntando aos outros o que e como deve ser realizado tal serviço. E quase sempre agem por tentativa e erro. O meu caro leitor deve estar imaginando que esse problema afeta apenas uma parcela mínima da população. Não é verdade. Calcula-se que, no Brasil, os analfabetos funcionais somem 70% da população economicamente ativa. No mundo todo há entre 800 e 900 milhões deles. São pessoas com menos de quatro anos de escolarização; mas pode-se encontrar, também, pessoas com formação universitária e exercendo funções-chave em empresas e instituições, tanto privadas quanto públicas! Elas não têm as habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculo para fazer frente às necessidades de profissionalização e tampouco da vida sócio-cultural.

    A queda da produtividade provocada pela deficiência em habilidades básicas resulta em perdas e danos da ordem de US$ 6 bilhões por ano no mundo inteiro. Por que? Porque são pessoas que não entendem sinais de aviso de perigo, instruções de higiene e segurança do trabalho, orientações sobre processo produtivo, procedimentos de normas técnicas da qualidade de serviços e negligência dos valores da organização empresarial. Eis aí o "Calcanhar de Aquiles" de tantas organizações: Declaração e Prática de Valores. E o que são esses Valores? São crenças e princípios que orientam as atividades e operações de uma empresa, independente de seu porte ou ramo de atividade. Seus dirigentes devem mostrar, na prática, que os sistemas, procedimentos e atitudes comportamentais são respeitados e coerentes com os valores estabelecidos em função de seus clientes e da ética dos negócios. Se não for assim, os resultados serão desastrosos. Quem não se lembra de manchetes de jornais mencionando "problemas inesperados" que abalaram a imagem de tantas empresas? Um defeito no chip Pentium da Intel levou-a a substituir o produto no mercado. Um número desconhecido de cápsulas de Tylenol contaminado com cianureto mata oito pessoas nos Estados Unidos; a Johnson & Johnson retira todos os frascos do mercado americano e tem um prejuízo de US$ 100 milhões! Alguém tem dúvida de que tais exemplos, entre tantos, não sejam efeitos da ignorância?

    Para que o analfabetismo funcional se erradique só existe uma saída: educar e treinar para a qualidade. E qualidade não tem custo; é investimento. O custo da qualidade é a despesa do trabalho errado, mal feito, incompleto, sem profissionalismo. É o custo do analfabetismo funcional!

    Paulo Augusto de Podestá Botelho é Professor e Consultor de Empresas para Programas de Engenharia da Qualidade, Antropologia Empresarial e Gestão Ambiental. Membro da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. www.paulobotelho.com.br


    SEU CUNHA: Como vejo muito em teus textos "Analfabeto funcional", creio que essa definição é mais apropriada direção do Avaí.
    O Analfabetismo funcional é apropriado a quem está exercendo uma função na qual não tem pleno conhecimento.
    Resumindo, acho que teu contexto é falho em apontar quem não tem função em ser um analfabeto funcional.

    Abraços!

  1. Aguiar,

    Tenho muito respeito e admiração pelo teus belos textos, mas acho a vaia uma forma de manifestação, e como conhecedor da causa, o torcedor usa quando acha conveniente. E acho q a vaia é uma forma de dizer que QUEM ESTÁ RECEBENDO(E MUITO) PRA REALIZAR UM TRABALHO, NÃO ESTÁ FAZENDO DIRENTO.

    A vaia inclusive pode não estar necessariamente sendo dirigida aos jogadores, mas a diretoria...é uma questão de ponto de vista.

    Abraço amigo

  1. Meus caros, não pensem que estou complascente com tudo isso. Estou arrasado. Como todo bom avaiano. Minha vontade é enfiar o pé na porta e largar tudo. Mas, pensando friamente, o motivo é o Avaí. Não torço por nenhum jogador em especial, mas unicamente pelo Avaí. Dói, demais, meu coração ver a que ponto chegamos. E aí digo que vaiar agora é desnecessário e inútil.

  1. Unknown disse...:

    Aguiar me permite discordar de você, os avaianos que estão indo ao estádio ainda merecem muito respeito. Acho que a democracia permite que façamos nossos protestos desde que de forma ordeira e pacífica. A vaia especificamente serve para mostrar nosso descontentamento e não para dizer que somos superiores ou inferiores. Continuaremos a ir aos jogos mas entendo que estamos no limite, é uma pancada atrás da outra e não aguentamos mais ficar de braços cruzados. se você foi ao jogo hoje você viu que a torcida até apoio, cantou mas devido a falta de qualidade dos atletas e conhecimento do nosso treinador a vaia é inevitável. Então não concordo que quem vaio foi covarde como também não acho que quem deixou de ir esta sendo covarde. Covarde mesmo foi os responsáveis (ou responsável maior) que deixou chegar a essa situação, um abraço!

  1. Pois é, Rodrigo, concordo contigo, mas olha só: todos nós sabemos que o time não tem qualidade (mas devido a falta de qualidade dos atletas e conhecimento do nosso treinador - frase sua).
    Ué, vaiar pra quê? Vai sair o quê daí? O time vai acordar e começar a jogar como um Barcelona? hehe
    Não, camarada, isso é bater em bêbado. O choro do William resume tudo.
    O negócio é apoiar a partir de agora e ver no que vai dar. Não tem outra saida, já vaiamos o suficente. Experimente juntar uma turminha e começar a bater num bêbado. É covardia, não é?

  1. LUGO disse...:

    Aguiar,

    Pelo que se percebe nas arquibancadas as vaias não são dirigidas aos jogadores, mas a diretoria(leia-se Presidente) e Comissão Técnica.
    Não vaio e acho um absurdo vaiar aos jogadores, que temos visto tem se esforçado.
    Talves um ou outro mereça mesmo vaias, mesmo assim, penso que elas somente prejudicam.
    Nós torcedores, de há muito, reconhecemos que nosso Avai está fragilizado, por conta da carência de jogadores em algumas posições, o que estamos manifestando (apesar de não praticar a vaia, me incluo nela), é a apatia daqueles que podem e devem fazer algo, pois, como nos foi deixado bem claro: somos somente torcedores, sem vez e sem voz.
    Viva a liberdade, viva a vaia, quando somente ela é ouvida.
    Aos atletas peço que entendam que as vaias não necessariamente se dirigem a eles.
    Um abraço.

  1. Anônimo disse...:

    Caro avaianos;

    Não cabe aqui julgarmos o comportamento do torcedor, se é adepto da vaia; se prefere incentivar; se gosta de chorar durante o jogo; se ofende o presidente, por julgar que este é o responsável por tudo o que ocorre dentro do clube; etc, etc. etc.
    Cada qual se manifesta do modo pelo qual se sente mais confortável e livre para externar todo o seu apoio ou repúdio para com o seu time preferido. No caso de nós avaianos, ultimamente estamos mais praticando o segundo ato. Querer achar um fórmula mágica para que o torcedor se comporte é, no mínimo, reducionista, tendo em vista que torcer é uma atitude única, singular e inerente de cada indivíduo; assim como a forma como cada pessoa manifesta sua relação religiosa.
    Se pudéssemos analisar e decidir sobre o comportamento do torcedor, deveríamos também "comentar" a opção matrimonial, profissional, familiar, religiosa, etc de cada pessoa. Entretanto, assim como estes pontos mencionados na linha acima são escolhas que são feitas em suas vidas, torcer é igual; pois embora nós avaianos tenhamos adoração pelo mesmo clube,todavia, o modo pelo qual tal sentimento se menifesta é diferente para cada torcedor e, deste modo, somente ele deve analisar se vaiar ajudará ou prejudicará o seu clube, ou melhor, o nosso...
    Abraços a todos os avaianos..........

  1. Anônimo (poxa, por que vocês não se identificam?), eu não discordo de você. Aliás, dentro de minha formação eu também faço essa análise, num campo de estudo chamado Sociobiologia. E essa percepção pode ser ainda mais abrangente. Mas, veja, estou falando de um caso pontual.
    Quando meus filhos me apresentam notas baixas na escola, eu os cobro desempenho. Faço-os ver que uma aplicação melhor hoje, faz com que tenha caminhos mais abertos lá na frente. Mas, e quando a coisa se torna crônica? De que adianta as broncas e os castigos? A conduta, agora deverá ser outra.
    É o que eu vejo que deve começar a ocorrer com os torcedores. Bater, mais do que foi batido, não adiantará mais.

  1. Anônimo disse...:

    Só uma pergunta aos que defendem a vaia:
    Ajudou ontem? Ajudou ao Avaí vencer o jogo? Ajudou em algum momento na história do Avaí? NÃO, NÃO E NÃO! Vaiar jogador/técnico é a mesma coisa que faz o MAL, só que este o faz com microfone na mão, assim como alguns blogueiros (fãs do MAL) e seus manipulados seguidores, ou seja é TOTALMENTE INÚTIL. Mas, como disse o Aguiar, alguns acham que vaiando se tornam pessoas melhores, são uns covardes e burros, porque pagar ingresso pra entrar no campo e ficar vaiando é ser MUITO BURRO!!!!!

  1. Assis disse...:

    Embora eu tenha preferido o silêncio, pois estava engasgado com o que estava vendo, confesso que estava com lágrimas nos olhos, pois estava vendo o castelo ruir.
    Vejo a vaia como o contraditório do aplauso (coisa que nosso time não vem merecendo). Vaiar pode ser o que resta para expressar a raíva que se sente, covardia? Tem covardia maior acontecendo na Ressacada: Ganância, soberba e falta de humildade! Covardia? É a diretoria inteira se esconder atrás de Gustavo Mendes e das "Twitadas" de Luis Alberto, Covardia é colocar agora a culpa no Mauro Galvão, quem contratou ele?

  1. Anônimo disse...:

    Também sou contra a vaia, se vai pro estadio pra vaiar fica em casa cara palida, seu texto esta rigorosamente PERFEITO, torcedor é pra torcer, quem vaia é o inimigo. Eu AGREDITO! VAMOS DAR A VOLTA POR CIMA.




    JC

  1. É isso, JC, ainda podemos mudar isso.

  1. Olha... eu nunca vaio o time. Mas não condeno quem vaia.

    Tá pagando. O clube não está fazendo favor nenhum para seu torcedor.

  1. Wilson, mais uma vez tenho que explicar. Eu não estou condenando a vaia, mas ESSA vaia. Não adianta mais. O tempo da vaia já passou.

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