Contra a violência

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sempre fui contra o quanto pior, melhor. E contra a violência. Por isso, deploro veementemente as manifestações agressivas e criminosas que pipocam por entre os avaianos. Não vou mencionar atos isolados de violência, pois muitos desses covardes adoram platéia e se escondem no meio do tumulto, lambendo os beiços de felicidade quando seus atos rasteiros são divulgados. Mas, estão aí e basta ler nos jornais, que fazem questão de acentuar com êxtase lascivo de qual torcida isso parte.

Tenho acompanhado, amiúde, nas redes sociais, pelos blogs, em contato com torcedores nas ruas uma proporção exagerada de agressividade em referência à nossa situação. Há uma disposição para desencadear condutas hostis e destrutivas, baseadas nesse acúmulo de frustrações apresentadas pelo Avaí. Ouvi um famoso “tem que quebrar tudo mesmo”, que me preocupa.

Se a nossa razão em protestar está calcada no fraco desempenho do time e na incompetência da diretoria, perdemos todo o respaldo ao exigir dias melhores para nosso clube com atitudes violentas e sem noção.

Creio que antes de sairmos por aí esbravejando contra tudo e contra todos, que serenemos os nossos ânimos e definamos nosso papel como torcedores e como cidadãos. Há outras formas de se exigir respeito para com as nossas tradições, do que a agressão singular, ordinária e covarde. Não somos uma horda de vândalos e arruaceiros.

Vamos sofrer gozações, vamos ser achincalhados, não vai ser fácil aturar certos comentários, mas futebol é assim mesmo. Aqueles que nos gozam agora também já passaram por isso e vão passar outra vez. Dói, é difícil, é chato e irritante, mas faz parte. É assim que funciona. Aliás, devemos estar muito mais preocupados com nosso futuro do que nos incomodarmos com gozações. E a inquietação com o futuro exige cabeças frias e mentes serenadas.

E quando falo na primeira pessoa do plural, me incluo também na torcida, assim como ponho todos aqueles meus amigos, conhecidos, pais, mães, avôs e avós, tios e sobrinhos no mesmo balaio. Estou generalizando? Não, a sociedade é que está, pois as matérias dos jornais colocam estas manifestações como sendo da torcida avaiana.

Como dizia Joseph Pulitzer, a imprensa mercenária, demagógica, cínica e corrupta forma um público tão vil como ela mesma. Isso significa dizer que na hora do quebra-quebra eles não fazem questão de mencionar que alguns vândalos fizeram. Não distinguem os bons dos maus. Eles dizem que foram torcedores avaianos.

Deu pra entender?

2 comentários:

  1. Rodrigo V. R. disse...:

    Acho que as organizadas deveriam acabar.
    Acho que entendi aquilo que vc tinha falado sobre o Cavalazzi. Eu acho.
    Abraços

  1. Não sei se acabar com as organizadas resolve. O que deve haver é uma punição mais dura aos bandidos travestidos de torcedor, que estão ou não dentro das organizadas.
    Qaunto ao outro assunto, um dia a gente conversa.

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