Carta Aberta ao Seu Cunha

Seu Cunha

Quero dizer que não tenho mais saco pra te responder. Não vale à pena. Encheu a cebolinha e o motor tá apitando. Mas, com todo o custo, me dignei a tentar rebater as tuas leviandades exatamente por estas frases “principalmente os administrativos onde seus amiguinhos e patrões estão envolvidos” e ”querer culpar o treinador para tapar o sol com a peneira até pode enganar alguns alienados, mas não engana quem consegue ter suas próprias conclusões.”


Não, tu não vais chamar as pessoas que me acompanham, os meus leitores e os meus amigos de alienados. Mas não vai mesmo. Podes não ter respeito comigo, me ofendendo a torto e a direito, mas os meus amigos, não.

E aí eu pensei: vou responder ao Seu Cunha por isso? Mas, peraí, quem é o Seu Cunha? Com quem estamos falando? Mostra a tua cara, já que és o poço de virtudes que tanto declamas.

Dizes, nas tuas leviandades, que não tenho credibilidade. Tudo bem, assumo. Realmente eu ainda preciso rever muitos conceitos, mas quem és tu para me acusar disso. Ninguém sabe quem tu és. Perguntamos, eu e meus amigos alienados, por diversas vezes quem é o Seu Cunha, lá na Ressacada. Ninguém sabe, ninguém viu. Dá até pra levantar hipóteses. Quem sabe és um funcionário do Avaí que não quer se identificar. É típico.

O curioso é que eu nunca escondi quem eu sou. Nem onde trabalho, o que faço, meu endereço, minhas preferências. A minha cara é exatamente essa que está aí. E me ofendes de um monte de bobagens como se eu me escondesse. Quem se esconde? Quem tem medo do que? Já ameaçastes de emborrachar alguns torcedores, por não gostares de algumas atitudes. Mas, como fake, com um nome falso, qualquer um faz, né mermo? Aí é fácil ameaçar atrás de um teclado. Quem seria o alienado nessa história?

Bom, também quero que refaças uma mentira que declarastes aí no teu post. Não me destes nenhum espaço e nem me criastes, como insinuas.

Desde que a internet existe, ou desde que existem fóruns, sites e blogs para se debater eu participo. Participo em vários lugares. Já tive blogs e sites de discussão, com assuntos da minha área. Sou macaco velho nisso. Tenho quase 50 anos e já visitei o mundo da rede. No final de 2008 para 2009, quando a rede de blogs avaianos se expandiu, comecei a participar por aqui. Primeiro apenas comentava nos diversos blogs. Depois, o pessoal da Chuleta Avaiana, dos meus amigos André Couto, Tarnowsky e Ronaldo, me convidaram para dar alguns pitacos por lá, com textos. Depois foi o Netumba, onde participava com uma coluna semanal. Aí veio o Portal Avaí Mania, onde também escrevia. E logo depois tu havias me pedido para deixar algumas linhas, que eu fiz com muito prazer e não me arrependo. O problema é que tu és egoísta demais e não aceitas palavras contrárias. E quando te faltam argumentos, tu ofendes. Ou dizer que sou pago para escrever é carinho de mamãe?

Quero esclarecer que o discurso que faço aqui é pra provocar mesmo, para gerar debate. Sou cínico e não abro mão. Se entendes como intelectualismo, bom, aconselho-te a ler, então, ler muito. O mundo atual não tem mais lugar para analfabetos funcionais. Portanto...

Afirmo que tenho, sim, uma relação de trabalho com o Santa Luzia. E me orgulho disso. Nunca escondi tal situação. São mais de 30 anos trabalhando lá. Agora, seria crime ser torcedor do Avaí e ser empregado da mesma empresa do presidente do clube? Parece que sim, pela tua ótica. Diversos cabecinhas moles já pensaram assim e caíram do cavalo. Até mesmo no laboratório. Sabes por que? Porque eu tenho opinião de torcedor e não confundo as coisas. E se tiver que dizer, como já disse, que a direção do Avaí, entenda-se Dr. Zunino e outros, estão tomando decisões equivocadas, eu digo. Não tenho problemas com isso. Já afirmei isso, é só ler os arquivos de meu blog, não sei onde está a tua surpresa.

Eu sou torcedor do Avaí. Sou sócio. Pago em dia. Não falto a jogos, a não ser por alguma coisa de força maior. Não fujo do pau e nem da raia e dou minha opinião porque amo este clube. E no dia em que eu tiver que te dar satisfação, eu paro de escrever ou de falar.

E pra finalizar quero te pedir uma última coisa: me erra, me esquece. Atravessa a rua. Faça de conta que eu não existo. Até porque eu sou hetero, gosto de mulher, e homem que vive pegando no meu pé eu descarto.
 
Deu pra entender ou preciso fazer um curta metragem?